Raphael Rabello

Rafael Rabello nasceu no dia 31 de outubro de 1962, em Petrópolis, RJ. Irmão da cantora Amélia Rabello e da cavaquinista Luciana Rabello, foi o caçula de uma família de nove filhos. Sua primeira influência musical foi de seu avô materno José de Queiroz Baptista, chorão e violonista amador, a quem dedicou o choro "Meu avô". Aos sete anos de idade começou a aprender a tocar com seu irmão Ruy Fabiano. Sua desenvoltura no instrumento foi notada desde cedo e começou a ter aulas de teoria musical com Maria Alice Salles, professora também de seus irmãos. Aprendeu muito tocando junto com discos, em especial os dois volumes de "Choros imortais", do Regional do Canhoto. Jayme Florence, mais conhecido como Meira, era o violonista deste grupo e acabou tornando-se seu professor.
Iniciou sua carreira profissional em 1976, integrando o conjunto musical Os Carioquinhas, juntamente com sua irmã Luciana (que, a seu pedido, trocou o violão pelo cavaquinho). Influenciado por Dino Sete Cordas, Rafael começou a tocar o violão de sete cordas. Em 1977 gravou o LP "Os Carioquinhas". Durante as gravações deste disco, foi apresentado por Copinha a outra importante figura em sua vida, Radamés Gnattali. Dez anos depois, gravaria um LP contendo obras para violão de autoria desse compositor. Em 1978, o grupo foi desfeito.
Em 1979, formou o conjunto Camerata Carioca, composto pelos integrantes de Os Carioquinhas mais o violonista Luís Otávio Braga (que foi posteriormente substituído por João Pedro Borges). O grupo foi formado para acompanhar o bandolinista Joel Nascimento na execução da suíte "Retratos", de Radamés Gnattali. Começou a atuar como músico de estúdio, participando de mais de 400 gravações com diversos artistas.
Em 1981 gravou seu primeiro disco solo, "Rafael sete cordas". Acompanhou cantores como Gal Costa, Ney Matogrosso e Elizeth Cardoso. Formou também duo com diversos instrumentistas, entre eles o baixista Dininho (filho de Dino Sete Cordas), Chiquinho do Acordeon, Paulo Moura, entre outros.
Sua carreira não se limitou ao Brasil, tendo participado de shows na Itália, Suíça, Argentina, Chile, México, Portugal, França, Canadá e Estados Unidos, para onde se mudou em 1994. Nesse país, foi apresentado pelo violonista Laurindo de Almeida a um empresário americano que lhe abriu as portas. Em seguida, realizou shows e chegou a dar aulas em uma escola superior de música, na cidade de Los Angeles.
Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios, como o Prêmio Sarney, Prêmio ABCA, quatro vezes o Prêmio Sharp (em diversas categorias), entre outros. Faleceu no dia 27 de abril de 1995, no Rio de Janeiro.